A classe hospitalar é um serviço destinado a prover acompanhamento educacional para crianças e adolescentes impossibilitados de frequentar a escola em razão de tratamento de saúde. Atualmente, o estado do Rio Grande do Norte (RN) tem sancionada a Lei 10.320, de 05 de janeiro de 2018, que cria o Programa de Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar. Para a garantia do direito à educação aos pacientes pediátricos o estado dispõe de docentes em todos os hospitais pediátricos do RN, através do Núcleo de Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar (NAEDH). O Núcleo conta, atualmente, com 21 professores. Destes, dois assumem a função de assessores pedagógicos, que realizam visitas semanais às classes hospitalares e domiciliares. Os demais são alocados em nove instituições conveniadas, sendo 5 (cinco) nos municípios de Caicó e Mossoró. A grande maioria dos docentes que atuam nas classes hospitalares têm formação em Pedagogia. Daí surge nossos questionamentos de pesquisa: se na classe hospitalar são atendidos estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio, como ocorre o ensino de Língua Inglesa (LI)? Que estratégias os docentes utilizam para garantir o ensino da LI para os estudantes hospitalizados? Esta pesquisa, insere-se no Projeto “Educação Também é Saúde”, como parte do Plano de Trabalho “E quando a escola é no hospital? Narrativas de professores”, que tem como objetivo refletir os desafios enfrentados no ensino de LI pelos docentes que atuam em classes hospitalares do RN e que não tem formação na área. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em educação (ANDRÉ e LUDKE, 2015), com os preceitos da pesquisa autobiográfica (FERRAROTTI, 2010) e que busca nos estudos de Rocha e Passeggi (2016; 2018), discutir a educação em ambiente hospitalar. Participarão da pesquisa oito docentes que atuam nas classes hospitalares do RN, para elaboração do corpus faremos entrevistas narrativas (JOVCHELOVICTH e BAUER, 2002), que nos ajudarão a mapear os desafios e compreender o trabalho realizado pelos docentes, a partir de suas próprias experiências. Importa destacar que o estudo ainda está em andamento e que sofreu inúmeras dificuldades de realização mediante a Pandemia da COVID-19. A partir de experiências vivenciadas no hospital, pretendemos também analisar os desafios da docência na classe hospitalar, discutindo o ensino da língua inglesa neste espaço e a presença de profissionais da área atuando num espaço distinto ao da escola. Os resultados iniciais apontam para um levantamento bibliográfico com poucos estudos nesse campo no Brasil. Demonstram, ainda, que há uma necessidade de formação de professores de LI para a atuação em classes hospitalares, bem como dificuldades enfrentadas por docentes sem a formação na área para o ensino de inglês nesses espaços. Esperamos que os achados e as análises posteriores nos ajudem a pensar na formação de docentes de Língua inglesa e a possibilidade de atuação em diferentes espaços educacionais.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas